Parábola - Porta Negra
- Tania R Sanchess
- Sep 22, 2014
- 3 min read
Eu gosto muito desta parábola e por tal quero compartilhar com vocês. Ela faz parte do livro “As Mais Belas Parábolas de Todos os Tempos – Volume I” do escritor Alexandre Rangel e foi publicado pela Editora Leitura. Quando o comprei há alguns anos atrás, já estava esgotado em algumas livrarias. Mas quem se interessar pode buscar na Estante Virtual ontem há livros maravilhosos e que não encontramos mais nas livrarias tradicionais. Segue o link: www.estantevirtual.com.br
Voltando a parábola, comentei sobre ela no texto anterior sobre o filme À Procura da Felicidade que conta um pouco sobre a vida de Chris Gardner, de como um homem inteligente porém com espírito derrotado e quase um mendigo, se lança no escuro em uma oportunidade que lhe permitiu se tornar uma lenda em Wall Street no ramo de seguros e serviços financeiros, conquistando um status de mais de R$ 600 milhões em suas contas bancárias. Se você não leu meu post é só clicar em “O que eu aprendi com o filme...” e terá uma ideia do que estou falando.
Mas vamos ao que interessa neste momento, que é compartilhar com vocês esta bela parábola:
PORTA NEGRA
“No país das Mil e uma Noites havia um rei que era muito polêmico por causa de seus atos. Ele pegava os prisioneiros de guerra e levava-os para uma enorme sala.
Os prisioneiros eram enfileirados no centro da sala e o rei gritava:
- Eu vou dar uma chance para vocês. Olhem para o canto direito da sala.
Ao olharem, os prisioneiros viam alguns soldados armados de arco e flechas, prontos para ação.
- Agora – continuava o rei – olhem para o canto esquerdo da sala.
Ao olharem, notavam que havia uma terrível Porta Negra de aspecto dantesco. Crânios humanos serviam como decoração e a maçaneta era a mão de um cadáver. Algo horripilante só de imaginar, quanto mais de ver.
O rei se posicionava no centro da sala e gritava:
- Agora, escolham: o que vocês querem? Morrerem cravados de flechas ou abrirem rapidamente aquela Porta Negra e entrarem lá dentro enquanto eu tranco vocês? Agora decidam: vocês têm livre-arbítrio – escolham...
Todos os prisioneiros tinham o mesmo comportamento: na hora da decisão, eles chegavam perto da terrível Porta Negra de mais de quatro metros de altura, olhavam para os desenhos de caveiras, sangue humano, esqueletos, aspecto infernal, coisas escritas do tipo: “Viva a morte”, etc., e decidiam:
- Quero morrer flechado... – Um a um, todos agiam assim: olhavam para a Porta Negra e para os arqueiros da morte e diziam ao rei:
- Prefiro ser atravessado por flechas a abrir essa Porta Negra e ser trancado lá dentro. Milhares optaram pelo que estavam vendo: a morte feia pelas flechas.
Mas um dia a guerra acabou. Passado algum tempo, um daqueles soldados do “pelotão da flechada” estava varrendo a enorme sala quando surgiu o rei. O soldado, com toda reverência e meio sem jeito, perguntou:
- Sabe, ó grande rei, eu sempre tive uma curiosidade. Não zangue com minha pergunta, mas... O que em além daquela Porta Negra?
O rei respondeu:
- Lembra-se de que eu dava aos prisioneiros duas escolhas? Pois bem, vá e abra a Porta Negra.
O soldado, trêmulo, virou cautelosamente a maçaneta e sentiu um raio puro de sol beijar o chão feio da enorme sala. Abriu maus um pouquinho a porta, e mais luz e um gostoso cheiro de verde inundaram o local. O soldado notou que a Porta Negra abria para um caminho que apontava para uma grande estrada. Foi aí que o soldado percebeu: a Porta Negra dava para a... Liberdade!
Agora fala se esta parábola não tem tudo a ver com a minha percepção do filme! Todos os prisioneiros agiam da mesma forma (sempre do mesmo), mas somente quando um soldado resolveu se jogar no escuro, fazer diferente e encarar a abertura da Porta Negra é que ele viu uma nova possibilidade... J
Tania R Sanchess Psicóloga & Coach Funcional
Treinadora Comportamental
Celular (11) 99468-4160
Skype: taniaregina38

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